sábado, 8 de outubro de 2011

Apresentação da minha Comunidade...

                      



A comunidade Passo do Portãozinho é conhecida por essa bela visão do morro Fazenda Vargas,  paisagem natural no local,  encanta todos os dias os visitantes e moradores.




 O lugar é muito calmo, o ar é puro e as casas são distantes uma das outras. Mas existe muita amizade e parceria entre todos os moradores. A relação entre todos os vizinhos é muito viva.


  Os atuais habitantes da comunidade são filhos, netos e bisnetos de antigos moradores, estes trabalham em firmas e indústrias próximas. Apesar disso nunca abandonam os costumes de plantar em suas pequenas roças, domar as suas juntas de bois e seus potros.





 As crianças de toda a comunidade podem contar com duas escolas municipais para estudar, onde também crianças de outras comunidades vizinhas freqüentam, a mais conhecida é a escola Cecília Meireles, com cerca 160 alunos.



Também nesta mesma comunidade habitam horticultores, estes também empregam algumas pessoas em suas enormes hortas de verduras. Outros trabalham com a criação de gado, cavalos e ovelhas em suas fazendas. Depois vendem para o abate.




 Um dos problemas que a comunidade enfrenta é o roubo de gado, mas não é freqüente, e as longas estradas esburacadas que muitas vezes dificultam o acesso dos próprios moradores.

 Mas com bastante fé, observada nas missas de todos os meses os moradores acreditam que logo esse problema acabará. E para festejar todo ano a comunidade comemora o dia do padroeiro São Pedro e faz uma festa de arrasar, com cavalgada, missa campeira, churrasco e música.




Quando a festa se vai muitos arranjam outras formas de se divertir, fazem rodeios campeiros de laço com boi puxado e “peladas” de futebol em um campinho na propriedade de um morador da comunidade.





Mas o que é mais importante na comunidade é a amizade, que pode ser percebida em todas as tardes em longas conversas e “prosas” acompanhadas pelo chimarrão, e a alegria e satisfação de todas as pessoas que aqui vivem, porque quem conhece nunca mais esquece.

domingo, 15 de maio de 2011

Meu Museu Imaginário...

Museu Imaginário
Mariana Maciel
            Na nossa vida nos deparamos com várias situações, algumas ficamos felizes e outras tristes... Todas essas tem grande significado na arte de viver, mas apenas algumas não saem de nossas memórias.
                                                    Minha infância  
            Não fazem muitos anos de minha infância e, mesmo assim não me recordo de muitas experiências significativas desta fase, apenas me lembro de uma Peça Teatral e de um Filme que realmente me marcaram.
§  “A turma do Chaves”. 2000
Na minha segunda série do Ensino Fundamental participei de uma peça teatral, criada pela minha professora, chamada “A turma do chaves”; uma releitura dos episódios de Chaves, programa de comédia mexicano. Todas as pessoas aplaudiram de pé a linda apresentação, deixando todas as crianças muito orgulhosas de si mesmas.
§  “O alto da Compadecida”. 2001
Na minha terceira série do Ensino Fundamental, a escola rural em que eu estudava ganhou um presente da prefeitura municipal: a exibição de um filme na escola. Assim todas as crianças ficaram ansiosas com o tal filme e, lembro-me como se fosso hoje todos sentados em bancos de madeiras assistindo ao filme “O alto da Compadecida” exibido em um salão velho ao lado da escola.

                                      Minha adolescência
                                                                  
      
Em muitas vezes ainda me sinto adolescente, em outros momentos me sinto que já cresce físico e psicologicamente o suficiente para ser adulta. Na minha adolescência me recordo da releitura de uma pintura, da leitura de vários livros e um filme.
§  “Abaporu” Tarsila do Amaral.
No ano de 2006, juntamente com minha professora de artes fiz a releitura da obra “Abaporu” de Tarsila do Amaral. Nessa época, conheci grandes nomes de pintores brasileiros e de suas tendências.
§  “Através do espelho” Jostein Gaarder.
No ano de 2007, li o livro “Através do espelho” de Jostein Gaarder. Esta leitura foi importantíssima para mim, a partir desse livro me apaixonei pela arte de ler bons livros e assim li muitos outros como: “A pata da Gazela” e “Iracema” de José de Alencar, “O alienista” de Machado de Assis, entre outros.
§  “O aleijadinho”
No ano de 2008 juntamente com a professora de Literatura, assistimos ao filme “O aleijadinho”, a história do escultor mineiro Antônio Francisco Lisboa.
                                                    Vida adulta
  
Da minha vida adulta não tenho muito que recordar, me sinto ainda em uma transição de fases: da adolescência para a vida adulta. Nesse pouco tempo apenas li muito, pois não tive tempo para assistir a novelas ou filmes, li muitos textos e reportagens sobre educação.
§  “Educação inclusiva” Revista Escola
Esta revista traz a atual realidade da educação inclusiva no Brasil, dentre elas a Educação no Campo, Educação indígena e Educação em quilombos.


domingo, 3 de abril de 2011

Educação e Comunicação

COMUNICACÃO E EDUCAÇÃO ANTES E AGORA
A EDUCAÇÃO
A educação, também em pouco tempo, recebeu transformações. Antes as escolas tinham seu funcionamento semelhante ao de empresas ou indústrias, tinham estabelecido métodos específicos para obter os resultados desejados, a professora seguia a ordem do livro didático que vinha de outras regiões, até os exercícios eram retirados dele, este era descontextualizado da realidade dos alunos. As crianças acabavam estudando através do que não conheciam.
Todos deveriam seguir o mesmo padrão, o ensino era voltado para que o aluno desenvolvesse habilidades técnicas para a mão de obra no mercado de trabalho e não para "pensar" sobre o que aprendia, o espírito crítico era banido das escolas. As crianças ficavam traçando por cima de pontinhos que formavam uma determinada letra e treinavam incessantemente seu som, também não havia um cuidado ao escolher a palavra com a qual seria ensinada uma determinada letra, muitas vezes eram usados objetos ou animais que nenhum aluno já tinha visto.
A matemática também era transmitida de forma descontextualizada, várias operações já montadas para que os alunos resolvessem. A leitura não era incentivada, somente os textos dos livros didáticos faziam parte da aula. O aluno não era estimulado a criar e sim a "copiar" trabalhos existentes.
O aluno era avaliado pela pontuação obtida em testes realizados e não por sua trajetória na aquisição do conhecimento, ou seja, o professor não procurava saber de onde estava partindo o conhecimento deste aluno, o que já tinha este adquirido, para então, saber se evoluiu ou não.
O educador era visto como transmissor do conhecimento, respeitado e admirado, não se questionava o que um professor falava, este era visto quase como a autoridade na educação.
Hoje dispomos de métodos de ensino, mais significativos para o aluno. O objetivo é construir conhecimento e não mais transmiti-lo ao aluno. Os professores estão se qualificando e a tecnologia avançada facilita muito a aprendizagem, entretanto sabemos que muitos professores ainda trabalham com método tradicional não considerando as experiências anteriores dos alunos, sua realidade e as especificidades de cada um deles. A educação agora é mais organizada pelas leis, a LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais são a referência para a educação e permitem que as crianças tenham uma educação mais elaborada.
Hoje a maioria dos alunos tem acesso à internet, eles dominam esse novo meio de comunicação. Por isso se faz necessário que o professor também esteja inserido nesse mundo tecnológico. Assim terá mais facilidade para suprir as necessidades dos alunos em sala de aula.
O ideal seria que as instituições de ensino dispusessem de mais recursos tecnológicos. Os alunos se interessariam mais pelas aulas, se elas fossem desenvolvidas no mesmo contexto que eles vivem fora da escola.
A COMUNICAÇÃO
Há algum tempo os meios de comunicação eram diferentes dos que temos hoje, eles existiam, mas não eram tão evoluídos e nem todas as pessoas tinham dinheiro para ter um deles em casa.
Para se comunicar com alguma pessoa distante era necessário o envio de uma carta. Para saber as notícias em geral, podia-se ler o jornal, mas eram poucos os jornais. Também poderiam escutar o rádio que muitas vezes não sintonizava a estação, outros viam a TV em cores preto e branco, mas essa, era artigo de luxo e pouquíssimas pessoas tinham.
A comunicação era feita mais diretamente, de uma pessoa para outra, todos ficavam sabendo, mas todos eram os responsáveis por essa transmissão.
Com o passar dos anos, os meios de comunicação que já existiam só evoluíram, também surgiram outros cada vez mais modernos. A própria comunicação fez com que houvesse um crescimento dos meios, esses foram ficando conhecidos, entretanto em pouco tempo desvalorizavam com o surgimento de outros mais modernos.
Hoje a comunicação sofreu grandes transformações, conquistamos o direito de nos expressar através de todos os meios existentes, jornais, revistas, televisão, radio, e-mails, blogs, sites de relacionamentos...
Com a utilização do computador e da Internet no dia-a-dia, a informação de qualquer lugar do mundo chega até nós em tempo real e nos permite a educação à distância (EAD) proporcionando a comunidades sem acesso a educação que utilizem deste meio para a busca do conhecimento, e para comunidades que tenham acesso, torna-se um facilitador para o processo de aprendizagem.
Os notebooks e modens nos permitiram ter acesso à rede com maior mobilidade. Com os telefones celulares a comunicação se torna ainda mais fácil.
A EAD
A educação está extremamente ligada à comunicação. A tecnologia tem contribuído bastante para o avanço da humanidade.
A EAD é uma das provas que a comunicação tem grande ligação com a educação, pois a EAD nada mais é do que aulas pela internet, meio de comunicação mais potente do momento, essas aulas possibilitam que as pessoas não precisem se deslocar de suas casas para estudar, apenas em alguns dias que precisam ir a suas universidades ou pólos universitários para as aulas presenciais.
Essa facilidade permite que as pessoas organizem seu próprio tempo de estudo, e os que moram em regiões mais afastadas não se preocupem com o deslocamento de todos os dias. Sem contar que é a gente que faz o nosso ambiente de sala de aula e nosso raciocínio fica mais aguçado, pois além de fazer as atividades devemos interpretá-las muito bem.
Por essa razão, é importante que a escola incentive a curiosidade dos alunos diante de toda forma de comunicação que está surgindo no mundo. Se construirmos uma educação voltada para a comunicação, os alunos de hoje terão capacidade de realizar muitas coisas boas no futuro. E como eles já estão inseridos no mundo digital e virtual o trabalho do professor se torna menos complexo. Basta que ele também tenha interesse em se integrar na era digital.
Se o contexto for esse, alunos e escola buscando um ensino de mais qualidade através da tecnologia a educação só vai evoluir.
Para alunos EAD, de zonas muito afastadas, pode ser mais difícil, eles podem encontrar dificuldades, para a conexão de internet, que pode ser muito lenta e em alguns dias até estar fora do sistema por falta de sinal. Também poderá encontrar alguma dificuldade no início do curso nas questões de informática e de organização com seu tempo. Mas passado algumas semanas as dificuldades desaparecem, pois todos têm força de vontade e desejam realizar os seus sonhos.
A EAD foi muito importante para as pessoas da zona rural, apesar de poucos conhecerem seus benefícios. A EAD é o ensino mais flexível ao bolso das pessoas de zona rural, que muitas vezes são pessoas humildes e permite que elas tenham a sua formação e trabalhem, pois trabalhar na zona rural não significa trabalhar na roça. Também pode fazer com que muitas pessoas que não teriam condições de se deslocar quase que diariamente até uma cidade que tivesse uma universidade ou uma instituição de ensino que desejassem serem alunos e também possam concluir o curso desejado.
Assim os moradores do campo não ficam desfavorecidos por morarem em zonas rurais, as pessoas se tornam mais cultas e assim podem fazer do local onde vivem, um lugar melhor, tão bom quanto as cidades urbanas. Porque quem produz o desenvolvimento de uma localidade são os seus moradores.

terça-feira, 29 de março de 2011

Por que Educação do Campo?

Durante toda a minha vida morei na zona rural da cidade de Gravataí, em um lugar próximo a duas escolas públicas. Estudei as séries iniciais em uma delas, aonde os alunos vinham de comunidades carentes ou de regiões muito afastadas, alguns moravam encima do morro. Durante todos os anos da minha vida percebi certa dificuldade na adaptação de professores vindos de outras regiões para aquelas escolas.
            Ao me formar no Ensino Médio já estava decidida que eu seria professora, mas ainda não sabia o que deveria cursar para estar preparada para trabalhar com crianças como as da escola próxima de minha casa. Meu pai dizia que eu deveria fazer Pedagogia, mas eu ainda não sabia se era o curso que eu me identificaria, resolvi então fazer o Magistério, onde me encantei.
Ainda assim vi que o que me ensinavam não bastava para o que eu realmente queria saber. Quando eu soube do Curso de Educação do Campo, me senti muito entusiasmada, pois o nome já dizia tudo... Era o curso perfeito para mim e no dia que iniciei tive essa certeza.
            Sei que o curso vai me ser muito importante, pois pretendo trabalhar em escolas de mesma realidade que as da minha região, de famílias humildes e pessoas do campo. Tenho uma expectativa muito grande com o curso, espero que eu adquira muitos conhecimentos e possa usá-los de forma muito proveitosa.
            Pretendo daqui a alguns anos já estar fazendo a diferença como profissional da educação do campo, quero ser uma professora apaixonada e dedicada. E não quero parar por aí... Pretendo depois fazer uma especialização e divulgar esse curso para outras pessoas, pois precisamos de novos professores preparados.
Estou e vou continuar fazendo de tudo para que daqui a alguns anos eu já esteja formada nesse curso, quero aproveitar todas as oportunidades que ele me der, pretendo sempre estar em dia com as atividades e se for necessário pedirei ajuda para colegas e professores, mas nunca vou desistir.

Sobre mim...

Sou Mariana tenho 18 anos e moro na zona rural da cidade de Gravataí, vivo com os meus pais e minha irmã. Faço o Magistério e também o Curso de Educação do Campo, sempre sonhei em ser professora e agora estou muito entusiasmada com o curso, e tenho muitas expectativas para o futuro.

A história do lugar onde moro...


 A história do Passo do Portãozinho

Há muitos anos atrás, não havia estradas nas regiões mais afastadas do centro das cidades, isso não era diferente na cidade de Gravataí. As “estradas” eram apenas rastros de carretas, carroças e cavalos que passavam sempre pelo mesmo lugar. Com o passar do tempo esse caminho se passava a ser a estrada de todos.
Em uma região próxima de Morungava (bairro conhecido de Gravataí), dois fazendeiros combinaram de fazer um portão no arroio que dividia suas terras, para que o gado não se misturasse. Esses fazendeiros morreram, foram divididas as terras para seus herdeiros e o ponto de referencia era o tal portão. Muitos não se interessaram nas terras herdadas e acabaram vendendo ou trocando, assim novas famílias vieram morar no lugar já conhecido como Estrada do Portão.
Uma das novas famílias fez a sua casa bem pertinho do arroio e quando deles se falava, lhes atribuíam a expressão “lá do portão”, depois passando para “portão”. Assim todos os descendentes adotaram o mesmo sobrenome Portão.
De um lado do arroio morava a família Alves Mendes e do outro a família Cardoso, que começaram a plantar e fazer polvilho e farinha em suas tafonas de mandioca, deixando o lugar mais conhecido.
Apesar de não haver mais o portão e sim uma ponte de madeira sobre o arroio, o lugar se passou a chamar Passo do Portãozinho e já com estradas um pouco melhores.
Novamente as famílias se dividiram e novas propriedades foram se formando, as crianças podem ir para a escola de ônibus, apesar de não pavimentado o Passo do Portãozinho tem estradas largas e com saibro, o que facilitou o tráfego para as empresas de transporte.
No ano de 1994 a comunidade se juntou para fazer um barracão que receberia as pessoas para os encontros religiosos e também serviria para as festas da comunidade, onde todos os anos é realizada uma festa em louvor a São Pedro (padroeiro). A abertura da festa acontece com uma grande cavalgada e termina com baile.
A Estrada Passo do Portãozinho, que já foi campo com trilhos de carreta, hoje é o lugar de duas escolas, um centro de recuperação de dependentes químicos e muitas chácaras e lares de famílias felizes, que já contam com as tecnologias de comunicação em suas casas. Esse lugar com certeza terá um futuro cheio de progressos.

O lugar onde moro...